26.4.10

Das certezas..

Tem dias que a gente se sente como se fosse metade, faltando a outra parte sem saber onde foi que perdeu. A dor se instala num cantinho apertado do coração e lá pede sala e café. Momentos esses que trazem abismos pros pés. Cicatrizes que vêm de encontro com um futuro limpo. Pequenas amarguras embrulhadas em papel de seda. Canetas vermelhas que não saem do bolso. Só que já decidi que o amanhã sou eu que faço. Não me despedaço, nem viro farelo não. Porque se sobrou espaço no coração é pra amar melhor, decidir com sabedoria daqui pra frente quem é que vai entrar e quem tem que sair. E das levezas, meu amor, eu quero todas. Cansei de gente pesada que traz chumbo pra vida da gente. Cansei de cara amarrada, de sorriso forçado e amarelo. Eu quero saber é daquele brilho no olho, sorriso escancarado, aperto de mão. E isso, sim, cabem direitinho, aqui e ali ...
aonde quer que a gente vá.

texto daqui ó

19.4.10

Transforma-me

"Concede-me, Senhor, a graça de ser boa, de ser o coração singelo que perdoa, a solícita mão que espalha, sem medidas, estrelas pela noite escura de outras vidas e tira d’alma alheia o espinho que magoa."
(Helena Kolody)

9.4.10

Acordar sorrindo

Essa vontade de espalhar buquês de sorrisos por aí, porque os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando ou de vez em muito, não deixam adormecer a ideia de um mundo que possa acordar sorrindo.

Pra toda gente.
Pra todo ser.
Pra toda vida."

(Ana Jácomo)

7.4.10

Aqui começa os 28...

'O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma.
Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura.
A gente não precisa de certezas estáticas.
A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar.
De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura.
De duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias.
A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos.
A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu.
É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele da alma.
A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver.
A gente precisa mesmo é aprender a ser feliz a partir do único lugar onde a felicidade pode começar, florir, esparramar seus ramos, compartilhar seus frutos.'

-Ana Jácomo-